domingo, 29 de março de 2009

Como fabricar um bandido - Des. Siro Darian

Escolha uma criança, de preferência negra e de uma família de prole numerosa; é recomendável o sexto ou sétimo filho, e que o pai seja omisso no cumprimento do exercício do poder familiar e sequer tenha registrado seu filho. Os irmãos devem preferencialmente ser de pais diferentes e, a mãe, se não for alcoólatra , deve estar desempregada. Deve residir em comunidade onde o poder público só comparece para trocar tiros e deixar vítimas. Esta não pode ter escola, nem posto de saúde e deve receber com frequência a visita do "caveirão". Será fácil achar essa comunidade no Rio de Janeiro.

Ensine, desde cedo a essa criança, que ela não é amada, que é rejeitada por sua própria mãe, que a todo instante demonstra sua insatisfação com a maternidade. Para tanto, espanque-a pelo menos três vezes ao dia para que ela saiba que, na vida, tudo tem que ser tratado com muita violência. Impeça qualquer possibilidade de desenvolver-se sadia, pois esse fato estragará todo seu projeto. Importante: repita sempre para essa criança que ela é má, coisa ruim e odiada pela família, principalmente porque chegou para dividir o pequeno espaço que os abriga e a escassa alimentação.

Pode-se optar por deixá-la em casa, na ociosidade, afinal faltam vagas nas creches do município, ou se preferir, encaminhe-a para uma escola onde os professores faltem muito e que as greves sejam frequentes, caso contrário ela pode correr o risco de gostar de estudar e aí ser muito dificil continuar analfabeto, o que pode colocar em risco seu projeto.

Na escola, procure discriminá-la e desestimular seu estudo, reprovando-a sempre. E, se praticar alguma traquinagem, expulse-a da escola. Importante também: não permita que seja alfabetizada porque ela pode desejar entrar no competitivo mercado de trabalho e ocupar espaço reservado aos filhos das elites.

Outra opção interessante é colocar a criança para trabalhar desde muito cedo. Infância pra que? Perder tempo com brincadeiras não é coisa para criança favelada. Tem mesmo que ganhar a vida muito cedo e ainda trazer dinheiro para sustentar a família faminta. A rua está cheia de espaço público para que elas fiquem vendendo balas e jogando bolinhas até que possa ser " usada" na exploração sexual, uma atividade lucrativa muito estimulada por adultos.

Fragilize-a. Não permita qualquer acesso à saúde; médicos e medicamentos devem ser mantidos à distância. Os hospitais públicos devem ser sucatados. Afinal, é preciso garantir os lucros cada vez maiores dos poderosos planos de saúde. Para acelerar sua debilidade, aproxime-a das drogas; a cola de sapateiro é um bom começo a ajudar a "matar a fome". Se usar maconha, prennda logo esse marginal por estar usando uma droga tão cara já que têm disponível a cola e o "crack" muito mais baratos.

A campanha pela redução da responsabilidade penal é imprescindível para pôr logo esses " perigosos bandidos" na cadeia. Afinal são eles os grandes responsáveis por tanta violência ainda que os índices oficiais não cheguem a 2% dos atos violentos atribuídos aos jovens, e o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro tenha constatado que eles são agentes de violência num percentual de 9,8% contra 91,2% onde são vitímas. Pura manipulação dos dados para favorecer estes " trombadinhas". Reduzindo a responsabilidade penal você fica livre mais rápido dessa "sujeira" que ocupa os logradouros públicos, denunciando a imcopetência dos administradores públicos para implementar as políticas necessárias para a promoção dos excluídos à categoria de cidadãos.

É claro que eles já têm maturidade para responder por seus atos criminosos. Afinal, assistem diariamente às nossas pedagógicas novelas e são informados pelos despretensiosos noticiários, que mesmo tratando o telespectador como a família FLINSTONES, a mídia jamais influencia a nossa "livre " opinião. E, claro, todas as crianças e adolescentes do Brasil têm à sua disposição as melhores escolas do mundo.

A educação pública também deve ser da pior qualidade. Onde já se viu o ensino público competir com os tubarões do ensino particular? Caso isso venha a ocorrer, como manter os altos preços das mensalidades escolares? E a queda do,lucro- e isso, nunca! Aquela idéia maluca de construir escolas de atendimento integral, com médicos , dentistas, atividades profissionalizantes prática esportiva felizmente já saiu de pauta. Ficamos livres daqueles insanos, que já morreram. Queriam aplicar todo nosso dinheirinho dos mensalões e sangue suga em educação. Que desperdicio!

Pode-se até fazer concessões com relação ao lazer. Deixe-a soltar pipas e foguetes, somente se estiver a serviço dos bandidos. Isso pode ser muito lucrativo para essa criança. O tráfico dá a ela oportunidade que os empresários negam, de participar na divisão das riquezas com seu " trabalho ilícito". Pode-se permitir, também que brinque de mocinho e bandido e que as armas sejam de verdade, assim morrem mais rápido. As estatísticas mostram essa realidade.

O direito à convivência comunitária lhe deve ser assegurado, mas com ressalvas. Mantenha-a em uma comunidade comandada para bandidagem. Ali ela não terá outra opção? ou adere ou morre. Se aderir, isso será por pouco tempo, porque logo será presa; é mais fácil prender crianças como "bucha de canhão" do que os adultos que as exploram e coagem; ou então, logo ela será um número nas estatísticas do extermínio. Vez por outra, deixe-a fazer um estágio nas " escolas de infratores". A convivência com outros adolescentes de mais idade, que praticam infrações mais graves, poderá aperfeiçoá-la e promovê-la a outra categoria do crime. Detalhe: essa "escola" deve estar à margem das normas do ECA e os "educadores" devem odiar crianças e estar sempre munidos de palmatórias e cassetetes. Não lpode essa escola ser dotada de qualquer proposta pedagógica, porque corre o risco de desviar o adolescente de seu destino criminológico.

Providencie uma poderosa campanha publicitária na mídia para que a opinião pública eleja essa criança seu inimigo público número um. Exiba sempre, nas primeiras páginas dos jornais, toda e qualquer infração praticada por criança ou adolescente, ainda que essa violência a eles atribuída seja uma raridade. Repita, sempre, nos maiores jornais e emissoras de televisão que ela é uma perigosa assassina, responsável por toda a violência existente no país. Nunca admita a efetivação dos preceitos constitucionais que lhe garantem direitos fundamentais que são costumeiramente desrespeitados pela família, pelo Estado e pela sociedade. Nunca diga que ela é vítima da omissão e da ausência de políticas básicas; isso pode ser considerado demagogia e a até causarem você de defensor dos direitos humanos, o que é um conceito pejorativo no meio dos humanos.

Com uma campanha desse tipo, garante-se que os verdadeiros bandidos e mafiosos ficarão em segundo plano. Corruptos fraudadores, ladrões do dinheiro público só merecem publicidade uma vez por outra para disfarçar. A ênfase maior deve se dada ao "pivete", "trombadinha" e "dimenor".

Nunca deixe que se faça uma campanha para a colocação em família substituta: isso pode reduzir em muito exército dos excluídos e considerar mais uma forma desleal de competição com nossos "mauricinhos" e "patricinhas".

Tudo que você proíbe a essas crianças estimule aos outros adolescentes. Deixe que frequentem boates promíscuas onde podem exercitar suas carências afetivas agredindo os outros e usando drogas. Lá a venda de bebidas alcoólicas é livre para adolescentes abastados. O sexo é livre e sem limites. Nossos filhos precisam aprender a serem "homens" desde cedo. O acesso às drogas é permitido e até estimulado. Deixe que essa criança perceba que existe essa diferença no tratamento aos cidadãos que vivem sob a mesma lei. Isso servirá para aumentar as diferenças sociais, o ódio e a frustração de não pode ser tratada como o outro.

Pronto, você conseguiu, finalmente, criar seu monstro. Agora conviva com ele.

Enfim, galera dá pra se indignar ou não?

quarta-feira, 25 de março de 2009

♪ All Star ... ♪ Nando Reis

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avistou em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te reencontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato

terça-feira, 24 de março de 2009

Lembranças de um tempo bom...

" Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
da minha infância querida
que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
á sombra das bananeiras,
debaixo dos laranjais.!" ( Casimiro de Abreu)


Que versos lindos não? Me fazem refletir sobre um tempo que não irá voltar, mas que foi maravilhoso. Minha Infância. Cheia de descobertas, aventuras, machucados e muitas risadas. Assim foi a Infância.
Acho que foi a melhor fase, talvez por isso que preservo em mim a criança interior, para nunca deixar de ser feliz.
É tão bom ser criança! Ainda mais quando descer um morro de bicicleta parece estar num rali; subir na árvore vira uma busca interminável pelo topo; ficar no balanço é como dar a volta ao mundo; os machucados parecem marcas de guerra, enfim tudo parece uma busca interminável pelo desconhecido.

Sorrio ao lembrar de todas as estropolias infantis, as perguntas dificieis que os pais não conseguiam responder, os medos, os atos corajosos que se tem nessa idade, as fantasias, a vontade de viver. Me preocupo com as pessoas que não tiveram esse momento e me pergunto: Será possivel existir pessoas que não se divertiam? Como serão essas pessoas? A resposta aparece amarga e dolorosa mas, não é disso que estamos falando.
Estamos falando de sorrisos, o primeiro amor... Quem ainda se lembra do primeiro amor? Tão inocente, tão puro e ao mesmo tempo diferente ... Que fasee... é tão bom quando ele permanece na sua vida por tanto tempo que se eterniza.
Ainda me lembro dele... primeiro amor... coisa de criança.. brincadeiras ... descobrindo juntos essa coisa novaa... rss! Hoje mais parece uma coisa idiota, talvez porque não tenha mais aquela inocência, a curiosidade já não se parece em nada com o passado, já existe dor, mágoas, e muita saudades daquele tempo em que tudo era festa...

domingo, 15 de março de 2009

Eu e Fernando Pessoa ...

Fernando Pessoa, teve alguns heterônimos, com características próprias , estilo e biografia. Ricardo Reis foi um deles, onde deixo aqui uns simples versos :

"Sim, sei bem
que nunca serei alguém.
Sei de sobra
que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
enquanto dura esta hora,
este luar, estes ramos,
esta paz, em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser."

Fico me perguntando, o que eu gostaria de ser? Será é realmente isso que eu queria mesmo? Ser essa pessoa é realmente o que eu deveria ser? Dúvidas demais pra um garota de 20 anos não acha?Quando parece que tudo está dando errado, otimista como sou, penso que no fim tudo vai ser acertado e terá seu merecido final feliz. Acho que assisti shrek demais =p!
Contos de fadas à parte, e quando você começa agir como um perfeito idiota e as pessoas te julgam? Como diria Álvares de Campos - Fernando Pessoa :

"Toda a gente que conheço e que fala comigo
nunca teve um ato ridiculo, nunca sofreu enxovalho,
nuca foi senão príncipe - todos eles príncipes- na vida...

[...]

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
podem ter sido traídos - mas nunca ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil, no sentido mesquinho e infame da vileza"

Me identifico muito com esse poema, porque sempre estou tendo atos ridículos, sempre aprontado uma ! Como diz uma amiga minha, " Você não bate bem da cabeça". Reconheço, sou impulsiva, cometo gafes e demoro pra perceber o meu erro, quando não o percebo tarde demais e não tem mais como remediar.
Na verdade, acho que tenho medo. Acabo sempre na defensiva e quando acho que as pessoas estão se aproximando muito, acabo cometendo erros, algumas vezes imperdoáveis. Relacionar-se com as pessoas não é uma tarefa muito fácil, ainda mais pra mim! Sou muito comunicativa, gosta de zuar mas, tem hora que sou muito explosiva e acabo por ter um comportamento meio grosseiro e atitudes não muito educadas.
Seria bom se todas as vezes, que isso acontecesse existisse uma borracha. Ma só mesmo o futuro para aplacar os erros cometidos no passado. Enquanto isso, permaneço entre la poesie et de boissons ;)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Envolvida por Drummond.

Ser - Carlos Drummond

O filho que não fiz
hoje seria homem.
Ele corre na brisa,
sem carne, nem nome.

Ás vezes o encontro
num encontro de nuvem
apóia em meu ombro
sem ombro nenhum.

Interrogo meu filho,
objeto de ar:
em que gruta ou concha
quedas abstrato?

Lá onde eu jazia,
responde-me o hálito,
não me percebeste,
contudo chamava-te
como ainda te chamo
(além, além do amor)
onde nada, tudo
aspira a criar-se.

O filho que não fiz
faz-se por si mesmo.


Nesse momento, não sei o que essa poesia pode significar. Mas quando a leio sinto que alguns sentimentos, que estavam adormecidos renascem. Não tenho muito tato para lidar com meus próprios sentimentos e muito menos quando outras pessoas estão envolvidas.
Sempre me pergunto, o que está acontecendo? Como se o espelho fosse me responder, mas isso não acontece. Apago a luz, fecho a porta do meu quarto e tento mais uma vez dormir e ter sonhos... Sonhos? Por que eles nunca me trazem boas recordações quando os recordo? Não era pra me sentir mais aliviada quando acordo?
Não o sei o que falta em mim, só sei que tem uma parte que não está se encaixando e não sei onde encontrá-la. Será que a perdi, ou nunca tive?
Envolta por esses pensamentos, sempre bate um sentimento de culpa, mesmo que não saiba pelo quê exatamente. O que está acontecendo comigo?! Não sei... e ainda não encontrei a resposta de mais uma pergunta que me faço nesses anos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Cotidiano II

Eu Nunca Disse Adeus

Capital Inicial


Eu não sei o que eu tô fazendo
Mas, eu tenho que fazer
Aquela noite que eu te conheci
Eu acho, que nunca vou esquecer...

Um momento, quase perfeito
Inocente em seus defeitos
Tudo que é bom dura pouco
E não acaba cedo...

Agora, pra sempre
Foi embora
Mas eu nunca disse adeus
Agora, pra sempre
Foi embora
Mas eu nunca disse...

Eu disse vambora
Tô meio tonto
Preciso respirar lá fora
Me leve para a sua casa
Eu quero dormir
Onde você mora
Eu passando mal
E você ria
Tanto barulho
Eu não entendia
Mas concordava sem saber
Com tudo o que você dizia
Se me pedisse
Pra pular de um prédio
Eu diria sim
Qualquer coisa
Pra você gostar de mim

[refrão]

Eu perdi o rumo
E comecei a delirar
Acho que prometi até parar
De beber e de fumar
De repente a noite acaba
E todo mundo some
E me lembrei
Que eu esqueci
De perguntar o seu nome
Sem endereço nem direção
Por onde começar
Qualquer coisa pra poder
Te encontrar...

[refrão]

Eu não como, eu não rio
Eu não sei o que é adormecer
Me desculpe se eu fechar os olhos
E desaparecer....

terça-feira, 10 de março de 2009

Comendo pra aliviar o tédio.

Enquanto como um delicioso sanduiche de queijo, meia noite, procuro aliviar o tédio que me afligiu com a voltas aulas. Gentee, nunca pensei que a semana de trote fosse trazer lembranças tão nostalgicas comos as que tive...
Assim que entrei na facu, diga-se UFRRJ, achava tudo um máximo. Tinha a sensação de que tinha vencido um obstáculo na minha vida profissional, fiquei super feliz! Cursar pedagogia numa universidade pública era um sonho!
Com a facu vieram outras coisas, como uma nova visão de mundo, viagens, amigos, noites no bar, amigos de novo ... É muito bom curtir, poder aproveitar tudo isso sabe? Claro que os dias não foram só de glória né, tiveram as tardes estudando pra prova pica de um professor super chatoo!, os seminários que sempre me deixam nervosa! Enfim, também se estuda na Facu rs!!
Mas agora parece tudo tão tedioso!! Monotono, todo período a mesma coisa, a recepção do povo que entraa. O que mais gosto é rever meus amigos, estar com eles só isso.
Bem o sanduba já acabou e minha paciência também, o sono já bateu e eu continuo em volta por um tédio. Que merda =x!!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Senta aí e toma um copo comigo ...

Hoje está muito quente! Aceita um copo de cerveja em quanto tem conto um caso? ;)
Pois então estava lendo "A Cabana", de William P. Young, que por sinal achei fascinante. O livro conta a história de um homem martirizado pelo assassinato brutal de sua filha de seis anos que é sequestrada durante um fim de semana no camping e sua reconcialição com Deus.
Estranho pensar no reecontro desse homem com Deus, uma vez que ele o julga culpado por todos os males que acontecem na humanidade. É apresentado no livro um Deus, diferente daquele imposto pelas religiões como um ser impiedoso e autoritário. William mostra um Deus, amoroso, de paz que procura nos relacionamentos humanos a sua essência.
Engraçado né, talvez pelo fato de não me considerar um ser de muita fé e muito menos acreditar que a Igreja como instituição possa nos redimir.
A história é bem interessante, nos faz ver que apesar de todas as dificuldades e provações sempre podemos contar com o ser supremo.

Bem, essa história ao mesmo tempo que me confortou me trouxe uma revolta por causa da história da menina de 9 anos que havia sido estuprada pelo padrasto. Um absurdo, não sei o que faria no lugar dessa mãe , ainda mais quando descobrisse que a menina havia ficado grávida desse canalha.!
E além de tudo a Igreja ainda excomunga os médicos que fizeram o aborto na menina, mas não excomunga o homem que cometeu esse ato tão vil. Pedofilia é uma das poucas coisas que consegue fazer com que eu me descontrole. Não admito que crianças sejam usadas, para satisfazer o desejo insano de algumas pessoas.
Enfim, leiam "A Cabana" quem quiser eu empresto =P!!
Até o próximo copo de cervejaa =P

domingo, 8 de março de 2009

Cotidiano I

"Hoje.. Hoje é meu dia de sorte/ hoje é proibido dormir"

Como diria Casimiro de Abreu: "Oh! que saudades que tenho/ da aurora da minha vida/ da minha infância querida/ que os anos não trazem mais!."

Com esses doi trechos começo a escrever sobre eles. Pessoas que me completam, me divertem, que me fazem sentir bem. Meus queridos A.M.I.G.O.S
Estranho pensar em como seria minha vida sem a existência deles, não consigo imaginar no que faria se eles não existissem. Quem eu seria?
Óbvio que nem tudo são flores. Tivemos nossas brigas, nossas desavenças mas tivemos também momentos de conforto, risadas no meio do nada, choramos por amores perdidos, nos encontramos pra enfrentar coisas que desconheciamos, enfim sempre estivemos juntos.
Não importa o tempo que nos conhecemos, até porque a amizade se consolida com o tempo e não surge devido a ele. Engraçado como ás vezes parece que nossos amigos são tão diferentes de nós e ao mesmo tempo tão iguais.!
Nunca fiz AMIGOS BEBENDO LEITE, mas poxa é tão bom ir para o bar com eles! ^^ Acredito que um dia alguns de nós iremos nos separar, mas sempre lembraremos dos dias bebendo juntos, fazendo arruaçaa, nossas brigas, nossas perdas, nossos achados ( que foram muitos). Mesmo que os meninos apenas falem de sexo, futebol e mulheres e nós meninas falemos de futebol, homens e sexo =P! Nunca esqueceremos que um dia FOI PROIBIDO DORMIR!.

La Poésie et des Boissons

Titulo meio sugestivo não? Na verdade, nem um pouco. Para quem não sabe signfica entre poesias e bebidas. Uma maneira que encontrei de me descrever foi essa. Talvez porque eu passe muito tempo envolta por Casimiro de Abreu, Carlos Drummond, Fernando Pessoa, Alváres de Azevedo, etc.. Pra desfrutar da leitura desses meus companheiros sempre tenho acompanhando uma bebida, nem sempre alcoolica, mas sempre geladaa! =)

Nesse momento estou curtindo meu momento Fernando Pessoa com o seguinte poema em mente:

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. Á parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Incrivel como isso pode ser verdade! Ás vezes é melhor deixar as coisas acontecerem naturalmente, porque quando se tem expectativas geralmente dá-se errado e perdemos o controle de tudo, acabamos fazendo coisas das quais nao queriamos e nos arrependemos depois. Gostaria de saber como tudo irá terminar, mas como se ainda nem começamos ?

O poeta bem que dizia: "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".